O dia internacional da mulher está aí, não queira apagar o
nosso brilho.
Poderia falar tanta coisa, mas prometo, vou resumir.
A gente vive um dilema. Não é fácil, sabe, você ralar pra
caramba e no final das contas descobrir que aquele teu amigo (que as vezes nem
trabalha tanto assim) ganha mais do que você.
Não é mole ter que sair de casa sangrando, com o útero
contorcendo por dentro, e ainda sorrir e controlar o temperamento, quando você
só queria ficar em casa, quieta, sem falar com ninguém. Mas você tem que estar na multidão, e produzir
tanto quanto, sem reclamar, afinal não vai bancar o sexo frágil agora, né?
Quando o jornal do meio dia da RICTV Record (de Jlle e de
SC) abriu as portas para uma apresentadora, eu fiquei feliz, feliz por ela
entrar em um espaço que até então era só deles. Nessa época alguém tentou insinuar,
-“ poderia ser você, né? “. Na
hora rebati dizendo que o espaço era dela por merecimento, e a Sabrina Aguiar
teria todo o meu respeito e admiração.
Não poucas as vezes olho para o lado e vejo amigas
sobrecarregadas de pressões e trabalho, e muitas vezes estou no meio dessa
descrição.
E não basta estudar, ganhar uma promoção, ser proativa, trabalhar
o dobro para ganhar menos, você tem que ter filhos também, casar aos 30, ter
uma tripla jornada, eeeeeee; não reclamar! Apenas siga o modelo, ok? Vivemos em
um mundo onde temos que provar tudo a toda hora, para todos.
Lembro de uma entrevista da Ana Paula Padrão onde ela dizia
que fez história por ter entrado no jornalismo com um perfil próprio, em meio a
uma geração de mulheres que para serem aceitas no mercado de trabalho da
comunicação tinham que ser masculinizadas. E eu lembro dessa época, lembro que
até a voz das locutoras de rádio eram nesse estilo. Prosperavam as que tinham
voz grave. No passado tínhamos que ser masculinizadas, hoje já nem sei. Só sei
que muita coisa continua desigual, como se ainda estivéssemos dentro daquela
velha fábrica, pouco antes de pegar fogo. E vejo que a sociedade precisa abrir
as portas e sair dessa fábrica, até mesmo as mulheres (que muitas vezes são o
espelho do preconceito).
Não quero em momento algum tirar o valor e o papel do homem
na sociedade, afinal somos complementares e é só isso que queremos,
complementar – de igual para igual. Por isso, repito, não queira apagar o nosso
brilho, o dia é nosso, e por merecimento!
Gravei um vídeo para a RIC TV SC sobre o dia das mulheres,
caso queira assistir, está aqui!
ACESSE O LINK PARA VER: https://goo.gl/xMs077
Eu disse que ia ser breve, mas as vezes eu minto, risos.
Beijos!
Lindo texto Dani! Parabéns pelo nosso dia, guerreira. O presente que procuramos é sempre um mundo melhor, menos desigual... ❤
ResponderExcluirObrigada Aninha! De <3 É isso mesmo, menos desigual... Beijos. Parabéns pra nós!
ExcluirAmei!! Lembro muito desta época. Uma coisa que me marcou no início de minga carreira, é que não podíamos usar esmaltes escuros. Meu primeiro chefe dizia que unhas pintadas desviavam a atenção do telespectador. Os terninhos sempre pretos ou em tons pastéis... Viva o pink!! Feliz dia linda!!
ResponderExcluirAinda bem que os tempos mudam Gi! Viva o pink! Bjos lindona!
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