segunda-feira, 7 de março de 2016

O dia é nosso, baby! Nem vem com mimimi


O dia internacional da mulher está aí, não queira apagar o nosso brilho.

Poderia falar tanta coisa, mas prometo, vou resumir.

A gente vive um dilema. Não é fácil, sabe, você ralar pra caramba e no final das contas descobrir que aquele teu amigo (que as vezes nem trabalha tanto assim) ganha mais do que você.
Não é mole ter que sair de casa sangrando, com o útero contorcendo por dentro, e ainda sorrir e controlar o temperamento, quando você só queria ficar em casa, quieta, sem falar com ninguém.  Mas você tem que estar na multidão, e produzir tanto quanto, sem reclamar, afinal não vai bancar o sexo frágil agora, né?

Quando o jornal do meio dia da RICTV Record (de Jlle e de SC) abriu as portas para uma apresentadora, eu fiquei feliz, feliz por ela entrar em um espaço que até então era só deles. Nessa época alguém tentou insinuar,  -“ poderia ser você, né?  “.  Na hora rebati dizendo que o espaço era dela por merecimento, e a Sabrina Aguiar teria todo o meu respeito e admiração.

Não poucas as vezes olho para o lado e vejo amigas sobrecarregadas de pressões e trabalho, e muitas vezes estou no meio dessa descrição.
E não basta estudar, ganhar uma promoção, ser proativa, trabalhar o dobro para ganhar menos, você tem que ter filhos também, casar aos 30, ter uma tripla jornada, eeeeeee; não reclamar! Apenas siga o modelo, ok? Vivemos em um mundo onde temos que provar tudo a toda hora, para todos.

Lembro de uma entrevista da Ana Paula Padrão onde ela dizia que fez história por ter entrado no jornalismo com um perfil próprio, em meio a uma geração de mulheres que para serem aceitas no mercado de trabalho da comunicação tinham que ser masculinizadas. E eu lembro dessa época, lembro que até a voz das locutoras de rádio eram nesse estilo. Prosperavam as que tinham voz grave. No passado tínhamos que ser masculinizadas, hoje já nem sei. Só sei que muita coisa continua desigual, como se ainda estivéssemos dentro daquela velha fábrica, pouco antes de pegar fogo. E vejo que a sociedade precisa abrir as portas e sair dessa fábrica, até mesmo as mulheres (que muitas vezes são o espelho do preconceito).

Não quero em momento algum tirar o valor e o papel do homem na sociedade, afinal somos complementares e é só isso que queremos, complementar – de igual para igual. Por isso, repito, não queira apagar o nosso brilho, o dia é nosso, e por merecimento!

Gravei um vídeo para a RIC TV SC sobre o dia das mulheres, caso queira assistir, está aqui!
 ACESSE O LINK PARA VER:  https://goo.gl/xMs077


Eu disse que ia ser breve, mas as vezes eu minto, risos. Beijos!

5 comentários:

  1. Lindo texto Dani! Parabéns pelo nosso dia, guerreira. O presente que procuramos é sempre um mundo melhor, menos desigual... ❤

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    1. Obrigada Aninha! De <3 É isso mesmo, menos desigual... Beijos. Parabéns pra nós!

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  2. Amei!! Lembro muito desta época. Uma coisa que me marcou no início de minga carreira, é que não podíamos usar esmaltes escuros. Meu primeiro chefe dizia que unhas pintadas desviavam a atenção do telespectador. Os terninhos sempre pretos ou em tons pastéis... Viva o pink!! Feliz dia linda!!

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    1. Ainda bem que os tempos mudam Gi! Viva o pink! Bjos lindona!

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