Plantão dominical começa com uma preguiceira básica. Já
chego arrastando o chinelo. Enquanto isso as ocorrências não param de pipocar
no grupo. Pego a ronda, elejo as prioridades e ligo para quem no outro lado da
linha também chega arrastando o chinelo, suponho pelo timbre da voz. A preguiça
passa logo no primeiro susto de não conseguir a informação. Depois é correria e
contatos. E aqui experiência e contatos ocupam o mesmo degrau na escala de
importância. No meio do caminho conseguimos apurar as principais ocorrências. E
entre uma pauta e outra eu e o cinegra discutimos se foi sorte ou Deus. Fico
sempre com a segunda opção. O dia fecha como esperado, muito trabalho para o editor
e lua alta. Plantão no domingo é sinal
de semana que começa sem parecer ter terminado. Desço as escadas pensando que o
meu plantão termina, mas o de outros tantos está só iniciando. Deixo as luzes
ligadas, pois o job deles vai longe. A notícia não para.
Passo no mercado, ops, fechado. Ainda bem que tenho tapioca
e suco verde na geladeira. O que importa é que deu tudo certo.
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