quinta-feira, 16 de junho de 2016

SOBRE FLORES E PERFUMES

Fui fazer uma reportagem dias atrás em Pirabeiraba (Joinville/SC) para um quadro do SC no Ar.
A entrevista aconteceu em uma propriedade que produz e comercializa flores.
Como sempre, fui muito bem recebida, com simplicidade, educação e sorrisos no rosto. Gosto de lá e das pessoas que trabalham lá.
Cheguei constrangida, pois nunca consigo lembrar o nome das pessoas. Só tinha na pauta a referência da produtora. Mas tentei disfarçar.
A propriedade  Neitzel é administrada pela família, e no meio da conversa, o Jonas (um dos irmãos) contou que o pai faleceu há pouco tempo. Eu já havia entrevistado ele, mas novamente não lembrava do nome. O Jonas percebendo o meu constrangimento disse que tudo bem, era normal, afinal eu conversava com muita gente.
Depois da entrevista fiquei em um canto conversando com a dona Iris**, a matriarca da família. Desde que cheguei ela permaneceu sorrindo e com um olhar sereno, mas ali no canto me confidenciou como estava sendo difícil os dias longe do companheiro.
Tentei confortar mesmo sabendo que nenhuma palavra preencheria. Mas o que me chamou a atenção foi a postura daquela família. Apesar do luto e da dor, eles não deixaram de distribuir flores e sorrisos. Novamente ganhei um vaso para levar para casa (e estou me esforçando muito para mantê-lo bonito - que fique registrado).
Saí da propriedade pensando naquela frase: sempre sobra um pouco de perfume nas mãos de quem distribui flores.
Obrigada pelo ensinamento Iris e Jonas!


**Aos 68 anos é ela quem cuida do lindo jardim da famosa casa amarela de Pirabeiraba.










  

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